segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tenho uma conclusão muito próxima da realidade: a vida é mesmo como um labirinto. É como se tivessemos de seguir sempre em frente como os peixes e nunca para trás como os caranguejos. É como se lá no fundo, vissemos alguém ou algo que pensamos ser o nosso futuro, e para lá chegar, atravessamos montanhas, rios, muros, poças, caímos, escorregamos batemos com a cabeça e voltamos para o hospital, depois regressamos ao mesmo sítio, podemos mudar de rumo ou não, entretanto vemos a mesma coisa, e seguimos novamente, sabendo quais os maiores perigos e os menores, e entretanto, quando estavamos perto da perfeição e conseguimos alcançar esse lugar, esse conforto, descobrimos porém que esse algo ou alguém pelo gual lutámos, já lá não está, e como não podemos voltar atrás, julgamos a nossa vida destruída, e depois não temos mais nada senão seguir em frente, lutamos novamente por algo, não tão perfeito, não tão cheio e profundo, mas o suficiente para a felicidade. A vida é como um jogo de damas, nada mais nada menos, exactamente esse jogo. Temos todos várias damas, várias qualidades e defeitos no jogo, e neste momento os adversários, aqueles que nunca pensamos ter como tal e que nunca pensamos que nos fizessem perder essa parte de nós, do nosso jogo, as nossas damas, sim, fizeram-o. E aqui estou eu, a tentar alcançar um lugar não tão perfeito como alcançei e construí em dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril e maio, mas sim talvez o suficiente para mim, para o que eu necessito. E os meus adversários iram tirar essa invenja que há neles por mim, por estar sempre a ganhar o jogo, e vão deixar de me tirar as minhas damas, os que fazem parte de mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário