sexta-feira, 20 de maio de 2011

letter to your crush

Sempre foste um dos grandes motivos para querer acordar com o mais verdadeiro sorriso na cara. Sempre foste a minha força para me levantar da cama e começar outro dia, mesmo sem a tua presença. Sempre me deste um enorme conforto, sabendo que estavas longe e que mais um dia não te teria aqui do meu lado. As vezes que desejava ir ter contigo, deitar-te na cama sussurar-te ao ouvido um 'amo-te' e beijar-te a face, acabando por te ver adormecer como um bebé. Sempre desejei que os dias fossem como o ponteiro dos segundos do meu relógio, que andam bem depressa e que passam pela minha vista quase sem eu o ver. Sempre desejei e acreditei num 'felizes para sempre', embora soubesse que isso não existe, eu acreditava que sim. Sempre adorei a forma como viviamos. Sempre quis ter-te. Queria que me pertencesses verdadeiramente, e queria pertencer igualmente, a ti. Mas nada disso era possível. Tínhamos uma longa estrada a separar-nos. Tinhamos famílias entre nós. Tinhamos tudo, menos a presença constante um do outro. Viviamos felizes mas não a 100%. Não estavamos completos. Queriamos mais. Anciávamos pelo impossível. Mas conseguimos sobreviver. Conseguimos dar vida a este grande amor que existia. Este amor de adolescentes. Esta fase bonita da nossa vida. Fase essa que nós sabiamos que iria acabar, mas queriamos acreditar que não, e que duraria para sempre. Talvez isso tenha sido um grande erro. Termos pensado no futuro. Num futuro que queriamos ter juntos. E isso não nos fez aproveitar os bons e verdadeiros momentos do presente. Talvez não tenhamos aproveitado ao máximo com a ideia de que a próxima vez seria melhor. Eu confesso; confesso que várias vezes não dei muita importância aos nossos momentos, pois pensava que não era preciso e da próxima vez logo aproveitava. Errei nesse pensamento. Errei muito. Estava farta de ouvir e de saber que devemos aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos. Mas... Não sabia como fazer isso. Como é que aproveitamos os momentos como se fossem os ultimos? Vivemos-os intensamente? É isso que eu fazia. Mas secalhar não com a intensidade suficiente que devia. E agora perdi isso tudo. Poderia ter vivido muito mais contigo e não vivi. Por estupidez. Mas foi um erro meu. Foi meu e admito-o sem quaisquer problemas. Será que deveria ter-te dito mais vezes o quanto te amava e o quanto eras importante para mim? Será que isso mudaria alguma coisa? Secalhar... Mas não me arrependo de nada. Foi provavelmente a melhor altura do meu ano. O ponto alto do ano. O viver aquilo que nunca antes tinha vivido. O saber que estava a ser amada com todas as forças. Ter carinho. Ter amor. Ter confiança. E é; sem dúvida alguma, a melhor sensação que à no mundo. A melhor mesmo. Mas não dura sempre. Acaba. Como tudo na vida. Acaba mas um dia voltará. Não da mesma pessoa. Mas de outro alguém que por momentos nos faça mais felizes do que aquilo que fomos, ou tentámos ser, anteriormente. Todas as histórias se repetem vezes sem fim. E em cada uma delas nós vamos crescendo mais e mais. Vamos aprendedo cada vez mais. Aprendemos a não desitir. A lutar. A ter força. A sermos vencedores na nossa vida e não perdedores. A caírmos sempre e momentos depois a erguermos a cabeça, tirarmos o olhar do nosso umbigo, a olharmos em frente, a levantarmo-nos e a seguirmos em frente. Limpando as feridas e apanhando todas as pedras que estão no nosso caminho. Somos seres humanos. Sofremos muito. Mas ao mesmo tempo, cada um de nós, tem uma força incrível. Força essa que nos faz avançar. E crescer a cada momento.
E assim, deitada na minha cama, com aquela pequena melodia no meu ouvido e uma lágrima no olho, me despeço de ti e de tudo aquilo que tivemos.

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