domingo, 1 de janeiro de 2012

É uma sensação má, bastante má. No fundo eu sei que alguma vez gostaste de mim, por instantes e quando te convinha, e agora? Onde fico eu no teu coração? Se é que alguma vez cheguei a lá entrar.
Queria que percebesses que eu sou tua filha, e por muitas voltas que dês, por muito que não me fales e ignores uma coisa que não podes mudar é esse facto, nasci de ti, formei-me dentro de ti, e isso ninguém mesmo pode mudar por muito que a tua vontade seja essa. Eu não posso dizer o mesmo, se calhar em alguns momentos desejava não ter sido assim, mas não posso descer ao teu nível, tenho que assumir de quem sou, mas de quem sou não significa que te pertença, porque de mim, apartir de agora, vais ter rejeição, tal como tu comigo, sempre foi assim, portanto, agora é uma etapa que eu vou conseguir superar com um sorriso na cara. Isto não é nada mais nada menos do que tu sempre me fizeste, por isso, agora vais passar pelo que eu tenho passado.
Queria ver-te chorar após passares por mim na rua e eu nem te olhar, como uma desconhecida que sempre és para mim apartir de hoje, como tu dizes e sempre disseste «...afinal, nada e eu para ti é a mesmíssima coisa», aplica-se para tudo agora.
Chega de me fazeres chorar, chega de me prejudicares, chega. Vou desistir com um grande alívio em cima de mim, quero sair desta história a sorrir para não chorar. Ainda assim, és minha mãe, por muito que me custe dizer isto, adoro-te.

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