sábado, 8 de abril de 2017

As saudades começam apertar. Cada " tenho saudades tuas", "quando voltas?", "quando vens mana?" está lentamente a matar-me. Cada "gostava que estivesses aqui" está a tornar-se mais doloroso do que eu alguma vez pensei. Só quando perdemos é que damos valor. Falo por mim. Quando ainda me "desleixava" e achava que tinha sempre tempo para toda a gente podia realmente fazê-lo. Hoje, aguardo cada instante. Cada milésima de segundo para conseguir abraçar o mundo todo. Realmente há circunstancias na vida que nos fazem crescer e ver o mundo de outra forma. Gostava tanto de ter conseguido prever tudo isto e ter aproveitado (ainda) mais cada minuto. Hoje estou aqui, sozinha e a chorar cada minuto que o relógio avança a contar o tempo que falta para poder ouvir cada história que tenho perdido.
Falhei e tenho falhado todos os dias. Estou longe e afastei-me automaticamente mas sem querer de tudo e todos. Sinto-me vazia e sinto que todo o amor que conquistei tenho perdido. Têm sido a batalha mais difícil de todos os tempo. Suportar a dor da ausência de cada amor que me sustenta e suportar todo este peso no coração. 
Queria estar como sempre estive, queria nunca falhar, queria ser um exemplo mas tenho sido tudo menos isso. Falho contentemente quando evito situações. Esta não sou eu. Sou eu, sim mas inevitavelmente alterada por circunstâncias da vida que me ultrapassam.
Sinto tantas saudades. Não matam mas têm corroído da uma forma avassaladora. 

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