sábado, 26 de agosto de 2017

Hoje e como sempre, (ainda) cá estou. Eu, os meus cigarros e o meu copo de vinho. Refugiada em pensamentos e divagações enquanto refletia numa passagem de um livro da minha querida Margarida Rebelo Pinto...


 "Há momentos na vida em que pensas que o mundo à tua volta se vai transformar num desastre natural que te pode tirar de casa para sempre. Como se tudo se erguesse e rodopiasse: os móveis, as cortinas, as cadeiras. Estás no centro do caos e não adianta nem fugir, nem ficar imóvel. Uma força superior e devastadora vai levar-te pelos ares como o ciclone fez à casa da Dorothy. Mas o caminho que te espera não é uma estrada de tijolos amarelos, nem tens como companhia um leão sem coragem, um homem de lata sem coração e um espantalho sem cabeça. O teu fiel amigo Totó não ladra a estranhos nem te protege das fadas más. E se pegares num balde de água para neutralizar a Bruxa Má do Oeste, ela não encolhe. Pelo contrário. Vai aumentando mais e mais a cada dia que passa. No fim da tua história só tens solidão, destruição e caos. Quando regressas à realidade, o que tens à tua frente é um muro do tamanho da muralha da china." 



Subscrevo.

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