domingo, 10 de novembro de 2013

Anti-herói

Na fragilidade da infância, as nossas vidas estão sob o poder dos nossos heróis. Guiamos os nossos passos aonde vão os deles. O nosso pai, normalmente, é o mais forte e inteligente. Estão sempre certos, eles são a redoma que nos protege do que há de errado no mundo.  Não criamos heróis apenas quando somos crianças. À medida que crescemos, vamos aumentando nossa colecção, escolhendo os personagens que mais nos convém.. É curioso quando percebemos como são muitos! Mas eu apenas escolhi um. Sempre tive só um herói, dos reais que dá para tocar e que me salva verdadeiramente.  Os nossos heróis  são sempre perfeitos. Esse é um grande engano e, talvez, um dos mais repetidos ao longo das nossas vidas. É sempre difícil perceber que por trás dessas figuras há pessoas recheadas de atributos humanos ,iguais a nós mesmos. Quando o nosso herói deixa cair a capa há sempre o risco de decepção, frustração e desilusão.  O ponto positivo disso é que, quando nos decepcionamos e perdemos a segurança nos nossos heróis,  tornamo-nos ainda mais fortes com a experiência que ganhamos. Pois o meu herói deixou cair a capa, passando a ser a minha maior desilusão.

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