Na fragilidade da infância, as nossas vidas estão sob o poder dos nossos
heróis. Guiamos os nossos passos aonde vão os deles. O nosso pai,
normalmente, é o mais forte e inteligente. Estão sempre certos, eles são
a redoma que nos protege do que há de errado no mundo. Não criamos
heróis apenas quando somos crianças. À medida que crescemos, vamos
aumentando nossa colecção, escolhendo os personagens que mais nos
convém.. É curioso quando percebemos como são muitos! Mas eu apenas
escolhi um. Sempre tive só um herói, dos reais que dá para tocar e que
me salva verdadeiramente. Os nossos heróis são sempre perfeitos. Esse é
um grande engano e, talvez, um dos mais repetidos ao longo das nossas
vidas. É sempre difícil perceber que por trás dessas figuras há pessoas
recheadas de atributos humanos ,iguais a nós mesmos. Quando o nosso
herói deixa cair a capa há sempre o risco de decepção, frustração e
desilusão. O ponto positivo disso é que, quando nos decepcionamos e
perdemos a segurança nos nossos heróis, tornamo-nos ainda mais fortes
com a experiência que ganhamos. Pois o meu herói deixou cair a capa, passando a ser a minha maior desilusão.
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