segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

É por ti

Sinto cada vez mais a tua falta. A tua ausência é um vazio igual à morte dentro de mim, mas nunca pensei que assim fosse, sempre acreditei que talvez fosse melhor assim, afinal poucos ou nenhuns eram os dias em que estávamos "bem", e nem estávamos bem, estávamos era melhor que nos outros dias. As minhas mãos, as minhas unhas, as minhas sobrancelhas, os meus pés, o meu cantar, o meu riso... Mas principalmente, as minhas unhas. É por ti, pelo que me disseste e por ver as tuas que de certa forma me motivaste, queria que as visses e dissesses algo do género "Adoro nina, queres que pinte de que cor? Ficava bem aí um castanho chocolate.",-o castanho chocolate com que tinhas sempre as tuas pintadas-, ficava-te tão bem, tinhas as mãos tão lindas que hoje olho para as minhas e é como se olhasse para as tuas, já as escondi para não ter que me lembrar e chorar de como tudo era antes e mudou.
Queria ter chegado ontem a casa, à suposta «nossa» casa e contar-te tudo. Tudo. Como foi, o que senti, se gostei... Queria ter-te contado, queria que tivesses sido a primeira pessoa a saber, afinal... És (ou será que devo dizer que "eras"?) a minha mãe, tens (tinhas) esse direito. Mas não passam de direitos falsos, regras mal cumpridas, sentimentos equivocados e diálogos estreitos. 
Já só quero, já só preciso de um sinal, um sinal teu que me indique de alguma maneira que estás bem e que no fundo, estás orgulhosa de mim. Não me esqueço de ti, pelo contrário, tens feito parte da minha rotina, mais que não seja, no pensamento e no coração. LYM

Sem comentários:

Enviar um comentário